11 de setembro de 2008

invasões: parte 2

Voltei para continuar a postar sobre minhas invasões. Como prometido, agora irei falar sobre o aniversário que invadi. O problema de invadir aniversário é que normalmente o negócio é mais reservado, mais difícil de se passar despercebido. Mas a dificuldade é que dá graça as coisas no fim de tudo, isso eu garanto.
Minhas primeiras tentativas de invadir um aniversário se revelaram falhas, porque quis ter uma abordagem diferente, conhecendo bem a pessoa, mas aí deixa de ser invasão. De todos que tentei fazer isso, acabei por ser convidado dias antes de cada uma das festas. Nenhuma válida de comentário, pra bem dizer a verdade.
Quando eu era menor, tipo uns 20 anos, ou seja a 3 anos atrás, eu andava muito de ônibus, já contei ou contarei algumas dessas histórias aqui, mas tem muito mais. fica pra outra vez.
Enfim, eu andava de ônibus olhando tudo e todos. Um dia, ao entrar em um tubo aleatório, estou lá olhando o nada quando ouço uma conversa de duas garotas, falando sobre a festa de 15 anos de alguma amiga delas, acredito que o nome dela era Cintia mas tenho quase certeza que estou errado. Cada uma falava sobre o que ia fazer lá, quem estava indo e uma porrada de besteiras que acabei ignorando, até que a outra perguntou onde e quando seria e eu ouvi o endereço. Na hora ignorei o fato, mas algumas semanas depois, resolvi dar uma olhada nisso tudo. Fui até o tal local e vi que era um conjunto de apartamentos, daqueles fechados e cheio de frescuras. Como o dia estava se aproximando (quando fui lá na frente, devia faltar uns 3 dias pra festa) resolvi que iria naquilo nem que eu tivese que pular o muro, coisa que não precisei fazer, por sorte.
No dia certo, lá estava eu na frente do lugar, esperando o momento, que até aquela hora eu não sabia qual era. Nas mãos, um pacote de presente com uma caixa vazia e nada mais. De longe, na esquina vejo um grupo de pessoas se dirigindo para o mesmo lugar que eu eu. Os espero se aproximar e me junto ao grupo, que tinha umas 7 ou 8 pessoas. nessa hora, me olharam estranho, mas viram o pacote nas minhas mãos e deixaram tudo de lado. Diante do portão, todo mundo começa a se enfileirar para falar com o porteiro, que acredito deveria estar com uma lista de convidados. Um a um, eles começam a dizer os nomes, mas quando o 4º iria falar, algo acontece. O telefone do porteiro toca e ele vai atender, logo se sentando em sua cadeira e com a mão, faz um sinal pra todo mundo passar. Suando meio frio, mas ainda mantendo um sorriso bobo na cara, Eu entro seguindo o povo. O mais interessante de tudo é que eu não fui abordado uma vez sequer dentro da festa. Todo mundo passava por mim, me olhava e deviam imaginar que eu estava com alguém, acredito que essa deva ser a única explicação, apesar de ter apenas umas 60 ou 70 pessoas por lá. Fiquei por lá até umas 3 da manhã, logo depois me dirigindo a um ponto de ônibus, feliz de ter invadido mais uma festa, a que considero a mais difícil de todas.
E só pela demora de postar de novo, lá vai uma extra, contando como invadi uma festa de formatura. Essa não ofereceu muitas dificuldades, mas valeu a pena também, porque tinha um show legal lá.
Tudo começa quando eu resolvo andar com uns amigos por curtiba, em um bairro estranho que um deles morava, acho que era o centenário. Estamos por lá, em um horário avançado todos eles bêbados e eu só cuidando do relógio para não perder o último ônibus para voltar pra casa, quando um deles começa a passar mal. Como eu era o mais são do grupo (imagine o mais doente), me falaram pra procurar ajuda em algum lugar, e faço isso. Ando pelas ruas de lá por uns 5 minutos, me perdendo e olhando as casas e lojas que possivelmente poderiam existir por lá. até que, acabo passando na frente de um colégio, onde ouço uma música. Estava tocando Foo Fighters, e o cantor estava indo muito bem. Resolvo voltar onde estavam meus amigos e encontro o que estava mal deitado em uma poça de seu próprio vômito, coisa louca de se ver, mas que ignorei contando logo pra eles o que tinha descoberto. Ao ouvir as palavras música e festa ditas por mim, o meu amigo morimbundo se levanta e pergunta onde é. E lá vamos nós para o local onde eu tinha ouvido a música. O colégio estava com o portão trancado, mas o muro era baixo e estava mal iluminado o lugar. Pra variar, fui o primeiro a pular e, logo depois de ver que estava tudo certo, chamo os outros, que fazem o mesmo.
Seguindo o som do microfone, chegamos até a quadra de esportes do lugar, toda decorada e com mesas, cadeiras e aquelas coisas que se encontra em uma formatura. Nesse momento, a diretora estava chamando os alunos para pegarem diploma ou algo parecido. Achamos uma mesa meio livre, sentamos e ficamos lá, olhando tudo. pouco a pouco, todos sobem lá e pegam seu tubo, sai e entra o outro, num processo que só os pais e os alunos conseguem aguentar. tudo isso demora uns 40 minutos, dos quais meu amigo meio morimbundo se encosta na mesa e dorme, sendo observado pelos convidados de verdade que estavam próximos.
E acabando com a parte chata, vamos direto a parte que importa. quando a banda começou a tocar, fiquei impressionado. eles eram muito bons, tocando músicas do Foo Figthers, SOAD e de Blink 182, aém daquelas populares da época que enchem o saco. eles eram uns caras que mereciam estar tocando ali. a comida era farta, tinha de tudo que pode se achar em uma formatura. o jantar que parecia ser pago, era bem servido e no fim de tudo, acabei por perder meu ônibus, ficando por lá até umas 4 da manhã, ouvindo música, bebendo refrigerante (não bebia nessa época), rindo com meus amigos e aproveitando uma festa que eu não devia estar...
tá certo que dormir na casa do bêbado não foi algo legal, mas isso não interessa agora. estou inteiro e vivo, pra contar isso pra quem quiser ouvir.
e termino por aqui, com essa postagem, até porque me alonguei demais nela hoje. da próxima, uma curta, até porque de um velório não se tem muito o que se contar...

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