23 de outubro de 2008

Sabem, eu fiz isso pra um projeto paralelo, mas agora que tudo está prestes a acabar, ainda não decidi se continuo a escrever aqui. Fazer esses posts me deixaram mais aliviado, ter um lugar pra jogar algumas de minhas besteiras foi algo interessante, mas no fim de tudo, acho que eu não deveria continuar a escrever por aqui.
Por outro lado, minha índole de NUNCA desistir me impede de parar totalmente de escrever, e é exatamente isso que significa esse post. Não irão se livrar tão fácil de mim, meus 6 leitores (eu sei, eu contei). Contar o que acontece aqui é interessante, ajuda a minha cabeça a ficar vazia, livre para mais besteiras, foi o que percebi. atualmente, ela está cheia, tenho que jogar tudo isso em algum lugar.
aos fãs de harry potter, essa é minha penseira. orfãos de zion, essa é a minha matrix, mochileiros, aqui é o meu guia e finalmente, leitores, aqui é um pedaço de minha vida. Ínutil, mas ainda assim, um pedaço.

11 de setembro de 2008

invasões: parte 2

Voltei para continuar a postar sobre minhas invasões. Como prometido, agora irei falar sobre o aniversário que invadi. O problema de invadir aniversário é que normalmente o negócio é mais reservado, mais difícil de se passar despercebido. Mas a dificuldade é que dá graça as coisas no fim de tudo, isso eu garanto.
Minhas primeiras tentativas de invadir um aniversário se revelaram falhas, porque quis ter uma abordagem diferente, conhecendo bem a pessoa, mas aí deixa de ser invasão. De todos que tentei fazer isso, acabei por ser convidado dias antes de cada uma das festas. Nenhuma válida de comentário, pra bem dizer a verdade.
Quando eu era menor, tipo uns 20 anos, ou seja a 3 anos atrás, eu andava muito de ônibus, já contei ou contarei algumas dessas histórias aqui, mas tem muito mais. fica pra outra vez.
Enfim, eu andava de ônibus olhando tudo e todos. Um dia, ao entrar em um tubo aleatório, estou lá olhando o nada quando ouço uma conversa de duas garotas, falando sobre a festa de 15 anos de alguma amiga delas, acredito que o nome dela era Cintia mas tenho quase certeza que estou errado. Cada uma falava sobre o que ia fazer lá, quem estava indo e uma porrada de besteiras que acabei ignorando, até que a outra perguntou onde e quando seria e eu ouvi o endereço. Na hora ignorei o fato, mas algumas semanas depois, resolvi dar uma olhada nisso tudo. Fui até o tal local e vi que era um conjunto de apartamentos, daqueles fechados e cheio de frescuras. Como o dia estava se aproximando (quando fui lá na frente, devia faltar uns 3 dias pra festa) resolvi que iria naquilo nem que eu tivese que pular o muro, coisa que não precisei fazer, por sorte.
No dia certo, lá estava eu na frente do lugar, esperando o momento, que até aquela hora eu não sabia qual era. Nas mãos, um pacote de presente com uma caixa vazia e nada mais. De longe, na esquina vejo um grupo de pessoas se dirigindo para o mesmo lugar que eu eu. Os espero se aproximar e me junto ao grupo, que tinha umas 7 ou 8 pessoas. nessa hora, me olharam estranho, mas viram o pacote nas minhas mãos e deixaram tudo de lado. Diante do portão, todo mundo começa a se enfileirar para falar com o porteiro, que acredito deveria estar com uma lista de convidados. Um a um, eles começam a dizer os nomes, mas quando o 4º iria falar, algo acontece. O telefone do porteiro toca e ele vai atender, logo se sentando em sua cadeira e com a mão, faz um sinal pra todo mundo passar. Suando meio frio, mas ainda mantendo um sorriso bobo na cara, Eu entro seguindo o povo. O mais interessante de tudo é que eu não fui abordado uma vez sequer dentro da festa. Todo mundo passava por mim, me olhava e deviam imaginar que eu estava com alguém, acredito que essa deva ser a única explicação, apesar de ter apenas umas 60 ou 70 pessoas por lá. Fiquei por lá até umas 3 da manhã, logo depois me dirigindo a um ponto de ônibus, feliz de ter invadido mais uma festa, a que considero a mais difícil de todas.
E só pela demora de postar de novo, lá vai uma extra, contando como invadi uma festa de formatura. Essa não ofereceu muitas dificuldades, mas valeu a pena também, porque tinha um show legal lá.
Tudo começa quando eu resolvo andar com uns amigos por curtiba, em um bairro estranho que um deles morava, acho que era o centenário. Estamos por lá, em um horário avançado todos eles bêbados e eu só cuidando do relógio para não perder o último ônibus para voltar pra casa, quando um deles começa a passar mal. Como eu era o mais são do grupo (imagine o mais doente), me falaram pra procurar ajuda em algum lugar, e faço isso. Ando pelas ruas de lá por uns 5 minutos, me perdendo e olhando as casas e lojas que possivelmente poderiam existir por lá. até que, acabo passando na frente de um colégio, onde ouço uma música. Estava tocando Foo Fighters, e o cantor estava indo muito bem. Resolvo voltar onde estavam meus amigos e encontro o que estava mal deitado em uma poça de seu próprio vômito, coisa louca de se ver, mas que ignorei contando logo pra eles o que tinha descoberto. Ao ouvir as palavras música e festa ditas por mim, o meu amigo morimbundo se levanta e pergunta onde é. E lá vamos nós para o local onde eu tinha ouvido a música. O colégio estava com o portão trancado, mas o muro era baixo e estava mal iluminado o lugar. Pra variar, fui o primeiro a pular e, logo depois de ver que estava tudo certo, chamo os outros, que fazem o mesmo.
Seguindo o som do microfone, chegamos até a quadra de esportes do lugar, toda decorada e com mesas, cadeiras e aquelas coisas que se encontra em uma formatura. Nesse momento, a diretora estava chamando os alunos para pegarem diploma ou algo parecido. Achamos uma mesa meio livre, sentamos e ficamos lá, olhando tudo. pouco a pouco, todos sobem lá e pegam seu tubo, sai e entra o outro, num processo que só os pais e os alunos conseguem aguentar. tudo isso demora uns 40 minutos, dos quais meu amigo meio morimbundo se encosta na mesa e dorme, sendo observado pelos convidados de verdade que estavam próximos.
E acabando com a parte chata, vamos direto a parte que importa. quando a banda começou a tocar, fiquei impressionado. eles eram muito bons, tocando músicas do Foo Figthers, SOAD e de Blink 182, aém daquelas populares da época que enchem o saco. eles eram uns caras que mereciam estar tocando ali. a comida era farta, tinha de tudo que pode se achar em uma formatura. o jantar que parecia ser pago, era bem servido e no fim de tudo, acabei por perder meu ônibus, ficando por lá até umas 4 da manhã, ouvindo música, bebendo refrigerante (não bebia nessa época), rindo com meus amigos e aproveitando uma festa que eu não devia estar...
tá certo que dormir na casa do bêbado não foi algo legal, mas isso não interessa agora. estou inteiro e vivo, pra contar isso pra quem quiser ouvir.
e termino por aqui, com essa postagem, até porque me alonguei demais nela hoje. da próxima, uma curta, até porque de um velório não se tem muito o que se contar...

3 de setembro de 2008

perseguição

no momento que escrevo isso, a adrenalina ainda esta a mil em meu sangue. pela primeira vez, coloquei a prova duas habilidades minhs em um momento importante. tudo começa com um convite pra jantar na casa de uma amiga. o jantar se passa sem problemas, mas ao indagar sobre um amigo em comum, o silencio impera no ambiente. pouco depois descobri o motivo, o mesmo qie me levou a tomar as atitudes que tomei.
o pai desse meu amigo havia matado o proprio irmao a facadas na segunda, estando foragido desde esse dia, ate poucos momentos atras. nem preciso falar sobre como a familia desse meu amigo estava.
pois bem, estava eu todo tranquilo la conversando com essa minha amiga quando entra a tia dela falando que ele estava ali, onde seria a casa deles se nao fosse essa tragedia. fico na minha, mas minha amiga me puxando pelo braco me forçou a ir ate o local, se revelando um alarme falso. logo depois, entro de novo na casa e continuo a conversar, interrompido logo depois pelo irmao dela gritando "corre!".
sentindo que a coisa ia engrossar e sendo um dos unicos ali com habiilidades suficientes para alguma atitude, resolvo toma-la. pego um cabo de vassoura, e me lembrando de tudo que aprendi, vou a luta. logo depois de fazer disso o irmao dela volta, falando que ele estava com um facão. ponto meu, ja me deixava na vantagem de todos os outro. sem nem um pingo de medo, sigo em frente, nao sem antes colocar todos em seguranca, pedijndo para trancarem as portas.
minha corrida ate o local so foi interrompida por um fato. o irmao dessa minha amiga. ele, tambem com um cabo de vassoura e tendo me ultrapassado, estava paralisado de medo no caminho. era minha tarefa fazer ele seguir em frente:
- que faz aqui? esta com medo?
- ele esta com um facão, e perigoso
- cara, eu confio em minhas habilidades, tudo ficara bem. vamos.
- ta, vamos.
- qualquer coisa, protejo voces- e dou um soriso confiante, que fez ele seguir atras de mim.
" chegar ao local, sinto algo errado um cara caido no chao, outro com umfacao na mao e outros dois segurando outro cara. coloco minha arma em punho e me preparo para o que vier. o cara no chao tinha sido derrubado pouco antes. quando chego, ele se preparava pra acertar outros, girando o facã opra tudo que é lado. tentando achar uma bracha pra atavar, fico girando ele. quando finalkmente ach uma e pe preparo pra um golpe, vem um cara com uma ripa enorme arrebenta ela nas costas do assassino, tomando ele para si. soube depois que era o filho do morto esse da ripa. presnentindo merda, saco meu celular do bolso e começo a filmar. me aproximo do cara com o facão e faco ele trocar pelo cabo de vassoyra que stava comigo, o que se revelou poucos miinutos depois uma ideia sábia, pois ele quebra o cabo no rosto do cara depois de algum tempo. agora com o facao na mão, minha tarefa seria o guardar. tentei o pegar para mim, uma lembranca do acontecido mas os policiais o pegaram de mim. como nao podia sair sem nada diisso, peguei uma coisa que o assassino deixou cair: seu chapeu, que esta em minha mochila esse momento.
volto todo o caminho e me deparo com a porta fechada, como pedi. digo meu nome e ela e aberta,ja com perguntas de onde eu estava, explico rapidamente a história, conto o que aconteceu. e vo uatrás de todos os outros, pra falar oq ue deu de tudo.
quando tudo havia se acalmado, ou seja, a mais ou menos uns 50 minutos atrás, minha amiga chega pra mim e diz:
-Santhyago, ele pediu logo depois do que aconteceu pra que eu me livrasse de todas as facas da casa dele. tinha uma lá que eu achei que você poderia gostar e guardei pra você. pega aí, e guarde bem.
fotos abaixo, não darei mais detalhes, quero descansar dessa noite alucinante...
desculpem me os erros, corrigi o que deu, mas o resto me passou despercebido. agora, fotos e videos que fiz e dos meus premios:



EDIT: s´oagora percebi que desativei o microfone que deveria graavr os sons do video ¬¬'. noob é foda

22 de agosto de 2008

invasões: parte 1

Começando mais uma seqüência de posts, dessa vez, focado nas invasões de casamentos e festas que já fiz. Primeiro de tudo, invadir lugares assim não é difícil, é só questão de prática e muita cara-de-pau. Muito antes daquele filme Penetras bom de bico, eu já havia invadido dois casamentos e um velório. Vamos começar primeiro pelos casamentos, depois passarei para festas de formatura e aniversário e por fim, o velório.
Invadir um casamento sempre foi algo que quis fazer. Ver todas aquelas pessoas estranhas que eu nunca tinha visto na vida tentando me reconhecer de algum lugar é uma coisa que nunca me esquecerei. Antes de tudo, vamos ao plano de fundo de tudo.
Estava eu andando pelas ruas da cidade quando me deparo com uma igreja. Na frente, havia alguns carros chiques, "coisa importante" pensei na hora. Na porta, havia duas pessoas, presumo que eram aquelas que coordenam casamentos, ou algo assim. Como nesse dia estava sem fazer nada, entrei. As duas sorriem para mim e me apontam um banco, dizendo pra entrar em silêncio que a cerimônia já havia começado. Faço o que ela pede, e me sento próximo ao fundo, do lado de alguns velhos.
O tempo passa e acontece tudo aquilo de casamentos de sempre: A noiva beija o noivo, jogam arroz. a mãe e/ou o pai choram, aquela tia velha desesperada fica torcendo pra jogarem o buquê, mesmo sabendo que só aconteceria isso na festa. Pois bem, estava lá eu, decidindo pra onde ir quando ouço um "psiu". Era o casal de velhos que estava do meu lado me chamando:
-Opa, e aí?
-Você não vai na festa? Não é longe daqui! Quer carona?
-Bora!
Entro no carro pensando que tudo está dando certo demais, até que alguns minutos depois, chegamos até o restaurante onde seria realizado a festa. Próximo ao portal de São josé dos pinhais, existe um restaurante chamado "anjo dourado", que serve de tudo e que tive chance de jantar lá algumas vezes com minha familia. Dessa vez, não foi diferente, só que sem minha familia. A festa seria lá.
Na porta, uma pessoa estava com uma lista nas mãos, conferindo nomes e vendo onde cada um iria sentar, guiando cada um a sua mesa, essas coisas, uma beleza. Era a única hora onde tudo poderia dar errado, mas não, acontece que eu entrei junto com o casal, como se fosse algum parente deles. A festa foi legal, comi de monte, dancei com umas pessoas e ainda por cima, tirei foto com todos os convidados junto ao novo casal. Como isso foi numa época antes de eu ter um Orkut, acabei por não pegar nenhum perfil para adicionar, falha grave. Sei lá como , no fim tudo deu certo e esse foi um dos dias que acredito que tive mais sorte.
Outro casamento que invadi dessa vez foi em Tijucas do sul, a alguns meses atrás. Tudo começa com um desencontro de informações.
Um amigo meu me liga me dizendo que essa semana não teria reunião do grupo de jovens na igreja, dessa vez seria um tipo de cinema, onde seria exibido algum filme que era lançamento a uns meses atrás. Acredito que deva ser o... Não importa, não me lembrarei mesmo. Bom, nessa semana, estava por lá meu irmão, a mulher dele e é claro, eu. rapidamente, liguei pros vizinhos por lá e perguntei quem que iria, se tinham carona, essas coisas. no fim de tudo, acabou que em um carro foram 6 pessoas: as acima citadas, minha irmã e meu vizinho guilherme com seu primo, o sílvio lucas, que se eu fosse contar histórias só dele, um fim de semana não seria suficiente para contar metade das que eu sei.
Seguimos rumo ao centro da cidade, discutindo no carro besteiras de sempre como quem estaria por lá, o que iria passar, se guilherme iria pegar alguém ou não, essas coisas. Meu irmão estaciona o carro e seguimos até onde dveria acontecer o negócio. DEVERIA.
Tudo está em silêncio. Onde normalmente seria as reuniões, está trancado. Tudo... quieto. nessa hora, olho pra quem veio com a gente fico pensando "O que diabos aconteceu pra dar errado!?!" Ligo pra gustavo, o cara que me disse que seria ali. Ele atende e quando pergunto sobre o lugar, ele confirma com todas as forças dele que é ali e ponto final. É, ele estava errado. Como já estavamos por lá, damos uma volta por tudo e, quando estamos frente a igreja de novo, algo chama a atenção de todos.
No salão da igreja, um casamento está rolando. De quem, nem desconfio. Como estava sem mesmo o que fazer e todo mundo estava entediado, resolvi ir lá para ver de quem era o casamento. Lá dentro, era a hora de jogar o buquê, cheio daquelas tias solteiras novamente. Me esgueiro por entre as mesas e de lá, roubo uma caixa de palitos de dente, pois estava sem nenhum. Saio novamente e digo pra eles o que stava acontecendo, logo indagado sobre as bebidas da festa. Bom, nessa hora, volto lá pra dentro e resolvo conferir o que tinha. No balcão de bebidas, chego como um convidado e peço uma cerveja. Achando que o cara não iria me dar nada, já estava saindo quando ele volta e me pergunta se precisaria de copos. Peço 4 e saio. Lá, depois de minhas duas incursões, todo mundo parece mais corajoso. Volto lá dentro pra pegar mais uma cerveja e na porta, ficam alguns caras me encarando. Logo depois, não precisei mais entrar, pois minha irmã e a mulher de meu irmão entraram lá, acabando por reconhecer a noiva e ficando por lá. o que deu uma justificativa para todos entrarmos e ficarmos lá sem problemas...
Foi uma noite legal, todo mundo bebeu de graça e acabamos voltando pra casa melhores do que se tivessemos ido ao "cinema".
É, acabou. Outro dia, volto pra contar como entrei na festa de formatura. Até lá e boa sorte. Segunda-feira, coluna no AOE, não percam.

17 de agosto de 2008

Aprontando no serviço: parte 3

Bom, aqui estou eu depois de tanto tempo, dessa vez para terminar de contar tudo o que já fiz no trabalho pra aprontar e que vale a pena ser contado.
Dessa vez, irei me focar mais no papel higiênico, que tenho que admitir, é o mais divertido de todos os produtos do estoque. Primeiro, porque a quantidade dele é superior a todos os outros produtos que tem por lá. Contando que tem mais ou menos 1000 caixas de diversas coisas por lá, isso é uma grande coisa. Cada fardo de papel higiênico vem com 8 pacotes. Montados em um palete, eles ficam com 4 por camada, atingindo um máximo de 17 camadas. Isso dá mais ou menos 3,5 metros de altura, depende do tipo do papel.
Essas medidas são interessantes, porque depois que eu começar a contar, não irei definir elas de novo. Bom, uma das cosias que descobri quando se forma uma torre de papel é que eles ficam com um espaço no centro, de mais ou menos 30 centimetros de cada lado, um espaço bom o suficiente para entrar ali no meio e... dormir. O som é todo isolado pelo papel, que não deixa nada entrar. Como ele é macio também, dá pra se enconstar sem problemas em um dos lados e tirar um cochilo legal, se for o caso de você não ter nada pra fazer no depósito pelos próximos 40 ou 50 minutos. a chance de te acharem por lá é quase zero, só se você roncar te acharão. Um dos únicos problemas é sair de lá do meio, mas se cavar um caminho com os pés, dá pra fazer uma escada legal e subir sem problemas.
Cada fardo também pesa algo em torno de 3 ou 4 quilos,o que torna em um ótimo míssil, se souber como lançar ele, existem diversas técnicas para isso. Guerras já foram travadas no depósito, onde apenas alguns poucos ficaram de pé, sem serem atingidos pelos projéteis malignos. E perfumados, as vezes...
Mas isso é quando ele está arrumado. quando tudo está uma zona, com fardos e rolos jogados pelo chão, fato que acontece tão pouco e só nas vezes que chega mais papel. Nessas horas, é a hora de fazer mergulhos. Subindo de algum lugar alto, ou simplesmente correndo e pulando o mais alto que puder de barriga em cima dos papéis, mergulhar neles é algo que não posso descrever. Um dia, quando eu conseguir um celular decente, farei um video dessa modalidade direito, porque isso é algo indescritivel. em breve farei o vídeo, só digo isso.
outra coisa interssante de se fazer com o papel é algo que eu só tinha visto em vídeos de parkour, mas que na segurança do depósito, consigo fazer sem risco de me machucar. muito. com dois paletes ou mais paralelos em um corredor, se corre, pulando e chutando o de um lado, se impulsionando para cima, chutando o do lado oposto e fazer isso do outro lado novamente, repetindo até onde conseguir ou onde ir o papel. o problema disso é se empolgar e não parar em duas situações: a primeira, quando o palete está chegando ao final, podendo cair de uma altura sem amortecimento nenhum e a segunda, é chegar ao teto e bater a cabeça.tombar para trás não é nada agradável, mas por sorte, alguns rolos de papel haviam caído, local esse onde eu pousei de costas em segurança. Bom, quase em segurança, mas tudo bem.
De papel higiênico, é basicamente tudo isso que se pode fazer com ele. É claro que existem variantes que exigem que cada um seja criativo para tentar, mas acredito que eu ainda não tentei metade do que é possivel fazer nesse incrivel material. E esse foi o fim de uma série de 3 posts sobre aprontar no trabalho. Não digo que pararei de postar sobre isso, mas agora, só serão histórias mais localizadas, que merecem um nome só pra elas, como a do canhão, mas é claro, isso é outra história...

12 de agosto de 2008

Em busca da barraquinha perdida

Existe uma foto em meu orkut, que por um grande acaso tem uma história envolvendo ela. A foto em questão e essa:
Bom, isso é um vale alguma coisa, que na época eu não sabia a utilidade. Hoje que sei, digo que a ignorância é uma benção. Vamos a primeira parte da história. Há muito tempo a trás, acredito que seja em 2006, eu e meu irmão íamos a um curso no centro de Curitiba, próximo ao largo da ordem. O problema é que o curso tinha seu inicio as 8 da manhã, e nós, moradores do Boqueirão, tínhamos que madrugar para chegar lá a tempo. Nessa época, eu e ele íamos cada vez a uma daquelas lanchonetes diferentes para provar a culinária coreana americana, mas isso é outra história. Estávamos a caminho dos curso quando de longe, vejo a ficha amarela acima na calçada. Rapidamente a pego e leio o que está escrito, que não mudou nada durante todos esses anos, posso garantir. Coloco na carteira e ali deixo, esquecendo por muito tempo...
O tempo passa e um dia, quando estou andando pelo mesmo lugar, me lembro do ticket. caço ele na carteira e então, ali no mesmo lugar de antes, decido sair em busca da barraquinha pra usar aquilo. Tudo isso demorou algumas semanas, andando por becos da cidade, me perdendo algumas vezes, descobrindo lugares novos e não encontrando a barraquinha dessa tal Tia Elvira em lugar nenhum, que eu insistia em chamar de dona Dercília, sei lá porque. chamo até hoje, é a verdade.
Um dia, indo do nada para lugar nenhum como sempre, resolvo pegar um caminho diferente. Era uma ruela em Curitiba que eu nunca tinha passado, escura, úmida e amedrontadora para pessoas comuns, mas não para mim e para uma certa barraquinha que estava por lá.
Apesar de estar em um lugar isolado, ali tinha algumas pessoas, cada uma delas comendo pastéis com suco. Me aproximo e olhando no caixa, percebo que as fichas de pedido eram iguais as que eu tinha na carteira, com o mesmo nome, cor e valor. Claro que algumas com valores maiores. Olho a lista de preços e puxo um banco, logo quando chega meu pedido, um prato com 3 pastéis de queijo, uma coisa de louco que é um de meus vicios. A tarefa de os devorar não demora mais do que 5 minutos, algo que faço meio forçado. O motivo? Bom, aquele era o pior pastel que u havia provado em muitos anos, só perdia para um pastel feito pela minha cunhada, que levava um queijo estranho que duvido até hoje que seja queijo.
Essa foi uma das únicas vezes que pensei que deveria ter deixado algo inacabado. Até hoje tenho o ticket acima na carteira, pra me lembrar que aquela barraca não é lá essas coisas. Acredito que seja por causa do lugar onde ela estava, mas agora que o local onde ela se instala é diferente, não sei se tenho coragem de me arriscar de novo...

10 de agosto de 2008

faltando a compromissos

desculpe a todos aqui que acompanham as besteiras que escrevo, mas minha total falta de tempo para escrever tudo o que me acontece finalmente me atingiu. acho que isso é mal de blogueiro, porque sempre que les começam a pegar o jeito de postar, tudo conspira para que o tempo dels seja ocupado com outras coisas. não prometerei nada, mas acredito que conseguirei postar algo interessante aqui pel omenos essa semana, afinal, ainda nãocontei a vocês a minha história de invasões de casamento e velório, e nem a minha busca pelo pastel. não se verão livres de mim tão facilmente, podem esperar, que tudo isso ainda chegará a seus olhos para leitura. mas não hoje, me desculpem. até mais e que a força esteja com você, carregasndo uma toalha e um pacote de amendoins.

7 de agosto de 2008

indo a sumpaulo: parte 3

bom, ontem o blogger me sacaneou e me impediu e postar a última parte desse diário de viagem. mas não é isso que irá me calar e deixar de vocês lerem a última parte disso tudo o que aconteceu.
deixei vocês da última vez na sala, na hora que fui dormir. isso foi as 4 da manhã.
no dia seguinte, acordo cedo, umas 8 horas e começo a observar os preparativos pro churrasco. atillah seria o cozinheiro dessa vez, e ele estava se preparando para isso. comi uns pães de queijo, e depois, desci, acompanhando todos pra área onde seria feito o churras. entre preparar tudo, arrumar as mesas e acender a churrasqueira, demorou uns 50 minutos, dos quais usei pra aprender algumas coisas sobre ficar bêbado e para afiar as facas do churrasco, que estavam uma vergonha.
tudo aceso, carne fritando, lilhá sai pra comprar pão e bolo, voltando algum tempo depois, preparando a mesa para quem não é muito chegado em carne:
o primeiro a chegar foi Horton, cara legal que não sei o nome real. ele se perdeu no caminho umas 3 vezes, passando por trás do prédio por estar na rua errada. cidade confusa, eu sei, mas interessante. de sua bolsa, ele saca uma garrafa de bacardi algum sabor que nem quis provar. nos sentamos nas mesas e começamos a discutir tudo. o stand-up sentado do théo, a linguiça do juno e estilos de escrita, do qual minha coluna foi definida como uma coluna de livros sem citar livros e nada que tenha a ver com eles. concordo plenamente.
não me lembro a ordem de chegada dos outros, mas nesse churrasco chegou a ana, parte do AOE blogs, pizurk, o estagiário chato, Bel, que prefiro não comentar sobre ela, Bolinha acompanhadod e sua esposa e... acho que só.
daí em diante, o dia ficou mais movimentado. entreguei o presente que levei pro théo, em homenagem aos bons tempos do blog:

um salame. a origem do termo culinária alternativa. depois de ser informado que aquele tinha sido o segundo presente mais importante que ele tinha ganhado, fatiamos o desgraçado e compartilhamos com todo mundo o salame do théo.
daí em diante, não me lembro de muita coisa direito. um imagem e ação aparece do nada, e equipes são formadas. Pizurk e Horton contra Lilhá e Bel, num combate épico que me lembra a boa época do passa ou repassa. seco juntamente com todo mundo, 2 garrafas de sake com sal, e geladas no ponto. mas sem falar de bebidas, isso chateia muito.
a passagem de volta nossa era para as 23 horas. enrolamos até o máximo, pra aproveitar até o fim tudo que estava por lá, porque teriamos uma carona. faltando uma hora para sairmos, Lilhá passa mal e temos que pegar o metro, numa corrida contra o tempo, acompanhado de todos os outros. já na rodoviária, chegamos na hora: 22:58. preenchemos as passagens e seguimos rumo a curitiba. depois de umas horas, aqui estamos de novo. atillah foi pra casa dormir e faltar no trabalho e eu, como não tenho esse luxo, fui a minha luta algumas horas depois, que só acabou as 0 horas de terça, quando finalmente coloquei a cabeça no travesseiro pra descansar...
bom, é isso, espero não ter chateado vocês demais. amanhã, voltamos a nossa programação normal. amanhã mesmo, não hoje que seria o ontem se o blogger não tivesse em sacaneado ¬¬

5 de agosto de 2008

indo a sumpaulo: parte 2

Ontem, deixei vocês aqui logo quando eu ia entrar no ônibus. Logo que o fiz, já saquei um livro da bolsa pra começar a ler, mas isso será abordado na coluna da semana que vem. A viagem que deveria demorar umas 6:30, demorou menos de 5, por causa do trânsito que estava livre e nem um pouco engarrafado, uma beleza. Chegando a sumpaulo, fui atrás das máquinas de livro que citei em alguma coluna anterior. Decepção total, pois os livros que tinham por lá eram caros e não valiam a pena, porque eram apenas versões de clássicos impressos em papel de pior qualidade. Isso só de ver o livro ali,. não quis gastar dinheiro com eles. O mais barato era 3 reais e era uma versão condensada de moby dick e o mais caro, 10 reais, era um a arte da guerra e um guia de sumpaulo. Mas deixarei a máquina pra lá, ela não importa agora. Não mais, ao menos.
Pegamos o metrô e seguindo as direções de Deus-google para irmos até a casa de lilhá, fazendo o restante do caminho a pé, isso as 6 da manhã de um sábado calmo. Ao chegarmos ao apartamento, Atillah toca o interfone:
-Opa, a gente veio pro apartamento *tal*, a casa da Lilhá.
-Lilian, Atillah!
-Sim, e quem são vocês?
-ãhn, aqui é o Atillah e o santhyago, amigos do Théo, namorado dela
Nessa hora, desisti de corrigir ele. Falei os nomes reais dos dois e ali mesmo, começamos a discutir sobre se esconder virtualmente atrás de outro nome e que eu era um dos unicos que não fazia isso, até falar que esse era o meu segundo nome. A discussão é interrompida pelo portão abrindo, algo que logo fazemos.
No prédio, nos ofendemos mutuamente para se cumprimentar:
-E aí, suas bichas?
-Fala théo, seu tanga
-Fica na sua, noob
E depois, cumprimentamos lilhá, como seres humanos normais. Pff, mentira, mas tudo bem. Tomamos um café e depois de algum tempo, seguimos rumo até o carro de lilhá até o supermercado, gastar o dinheiro do adsense tão suadamente ganhado com nossos textos e tudo o mais, mas valeu a pena tudo. O que aconteceu depois disso é completamente dispensável. Correr atrás de carvão, uma vela pra bolo, chave de salão, nada disso merece ser citado.
Depois, fomos até o bairro da liberdade, onde comprei besteiras como uma faca e uma bussola, antes de meu dinheiro todo acabar. Aqui vale citar que o bairro da liberdade é onde eu vi a maior concentração de otakus por metro quadrado. diferente de matsuris, lá tem um prédio cheio de lojas só pra eles. junte isso a um sábado de sol e temos centenas de amantes de animes andando de um lado pra outro.
fomos a uma loja de bebidas, onde compramos mais sake e onde descobri que sempre tem mais tipos do que poderei provar. não que eu irei tentar, mas é bom saber disso. parada em um restaurante japones, um rodizio de pratos onde acabei percebendo que não sou bom com os hashi, mas acabei comendo tudo.
Passa pro bar, onde chegamos as 5 da tarde, um fim de dia muito bom, onde acabamos pedindo uma cerveja, a melhor do brasil de acordo com atillah da qual provei um pouco e tenho que admitir que é mesmo uma boa, depois que provei a original e... sem falar de bebidas, isso é chato.
aos poucos, vai chegando todo mundo. entre pessoas que postam conosco e leitores, no bar se reuniu mais de 40 pessoas. acabei conhecendo a naga_riddle, leitora de minha coluna e que comenta e um cara chamado joão, que não é o matador e que lê minha coluna também, mas não comenta. Bel, pizurk, horton,MRmoura, bonilha e todos os outros mais, pessoas legais de se encher o saco. foi uma boa noite, onde saimos de lá cedo, umas 10 horas e voltamos para o apartamento, deixando uns 30 ou 40 reais pra pagar a conta, afinal, o aniversário é nosso e o presente quem paga é vocês, leitores.
no apartamento de novo, vamos pra sacada, olhar o nada e secar uma garrafa de sake:

atillah, eu e théo. sake com sal é bom

discutimos coisas de diretoria, como layout, leitores, a vida social de atillah e qual a melhor maneira de provar um sake. ficamos nessa té umas 00:30, quando recebemos um telefonema de bel, falando que iria dar um pulo ali. o frio aumenta e entramos no apartamento de novo, onde théo já bebado começa a falar mal de gatos, cachorros e nos presenteia com um belo show de humor, porque eu e atillah mal conseguimos nos segurar diante de fatos tão engraçados. destaque para ele falando:
-eu não me arrependo de ter cantado NXzero, mas me arrependo de ter batido no meu cachorro costelinha.
ele se mordendo e batendo foi um fato deveras bizarro. mas eu ri.
ele vai dormir e dois minutos depois Bel chega, acompanhada de pizurk, o estagiário chato e naga_riddle, a leitora, que estava mais bebada do que estava no bar. abrem uma cerveja, atillah cabeceia de sono umas 4 vezes e eu, já cansado de não ter dormido o dia inteiro, desde o anterior, pois não dormi no ônibus, me retiro ao meu colchão,. pois no dia seguinte tudo seria melhor...
o que aconteceu nessa hora? conto amanhã, já escrevi demais por hoje. e também, o dia acabou.
amanhã, a última parte desse diário de viagem. depois, voltamos a programação normal, seja lá qual for ela.

4 de agosto de 2008

indo a sumpaulo: parte 1

viajar pra outro estado é uma experiência interessante, admito. essa foi minha primeira viagem, e acredito que pra variar, comecei bem.como já devem ter lido no título, essa é a primeira parte descrevendo o que aconteceu nessa viagem. pra começar, vamos fazer tudo desde o principio, desde as 14 horas da tarde, que os problemas relacionados a viagem começaram.
o trabalho tinha sido normal a manhã inteira, mas a tarde, um grande carregamento de produtos de limpeza resolve chegar tudo junto, fodendo tudo que tinha planejado. o que deveria ter demorado umas duas horas normalmente, acontece que demorou amis do que isso e acabei ficando uma hora a mais no serviço, onde acabei machucando a perna, mas nada de mais, a idéia de que o dia seguinte seria pior para que estivesse ali me fazia dar risadas como m babaca.
chego em casa e vou arrumar a mochila, e acabo percebendo que NÃO tinhac omprado nada pra comer na viagem. convencendo emu irmão a irmos ao mercado, vamos até lá onde compro umas besteiras e compro um presente pro Théo, que mais a frente vocês descobrirão o que é. o telefone toca e é luli, que nega um cumprimento para meu irmão, o que achei muito bom E engraçado.
meus pais me levam até a rodoviária, onde minha mãe não dá tempo de comentar algo e acaba protagonizando um pequeno diálogo com meu pa sobre o chão da rodoviária:
-meu deus, olha só que chão sujo, o tanto de cinza de cigarro que tem nele...
meu pai olha pro chão ,e depois de alguns segundos. fala pra minha mãe:
- olha direito! o chão é de mármore, cinza, de primeria qualidade! e fica falando wque o chão tá sujo!
aí, eu já não conseguia segurar umas risadas e estava rindo, depois mais sem controle porque, sem dar braço a torcer, minha mãe esfrega um pouco o pé no chão e diz:
-tem certeza? mas tá meio sujinho sim...
nessa hora, atillah chega e o apresento a meus pais, que achavam que eu iria viajar com um velho. conversamos um pouco, falando dos bares que eles tem em comum que conhececem e depoisvão embora. isso faltantado uns 10 minutos pras 23 horas, o onibus estava quase chegando.
embarcamos e a viagem que eu saberia que valeria a pena começa...
fatos interessantes sobre esse dia:
meus pais e o atillah já se conhecem de algum lugar, mas ainda nenhum dos três se lembrou de onde.revistas de ônibus são um lixo, mas isso será tema de minha próxima coluna, a sair semana que vem, já devem ter percebido que essa semana ela está fazendo sentido, o que prova que não foi escrita por mim. a minha será essa quinta, então, podem imaginar o que poderá sair de minha pessoa falando sobre games.
amanhã, a parte dois disso, até porque eu não durmo desde as 10 da manhã. de domingo. mas isso não está me prejudicando ainda. AINDA

1 de agosto de 2008

até mais.

falar tchau é tão estranho, que faz uns 2 anos que me despeço de todos falando "até mais". porque isso? não sei. mas sei que é melhor, mais curto e é mais marcante. as vezes escapa um tchau, que é ignorado, então isso me reforça a falar mais ainda "até mais"
hoje estou saindo pra viajar, então, agora me despeço de todos os meus l.eitores, todos os 4, com o meu "até mais" para ter garantias de que irei voltar, não importa o que aconteça por são paulo eu irei voltar, mesmo que eu tenha ´problemas, irei voltar para contar todos aqui. fará bem pra mim, tenho certeza e vocês terão uma boa história pra ouvir.
até mais, e sem postagem domingo, desculpem-me

31 de julho de 2008

Buscando a câmera

dia 2 agora vou pra são paulo, comemorar o primeiro aniversário do AOE junto com os outros que escrevem no site junto comigo e mais quem quiser ir, geralmente alguns leitores que já confirmaram sua presença e irão pagar uma cerveja pra toda a equipe. mas isso não vem ao caso, o que vou contar a vocês aconteceu a poucos minutos atrás, só pra dar uma noção do tempo que escrevo isso, como se fosse fazer diferença...
minha câmera morreu, então, para tirar fotos, dependo da boa vontade alheia de pessoas que podem me emprestar suas câmeras por algum tempo. A pessoa da vez que pedi emprestada a câmera foi minha prima, a Manuela, como não sou de falar muito com ela, pedi pra minha irmã ligar e pedir, coisa quee la fez, ams ela não tinha como me entregar, então, rolou um certo planejamento pra que o aparelho chegasse as minhas mãos. é isso que descrevrei para vocÊs daqui em diante.
primeiro de tudo, chego em casa depois do trabalho, cansado porque tive que ficar um tempo a mais, ams isso não importa, o que interssa é que u estava podre, mal conseguia andar. mal consigo andar agora talmbém, mas deixa isso pra lá. olho no PC e tem um bilhete para mim, dizendo o seguinte:
"santhyago, ligue pra teresa que a maquina está com ela. ligue e ela vai te passar o endereço pra ir até lá buscar. só depois das 18Hs ela vai estar na casa do namorado dela que é perto do paraná club" e o telefone dessa tereza. olho o relógio e já eram 20 horas, então, horário perfeito pra ligar. pego o telefone, e o desgraçadoestá cortado, mas por sorte,tem ourta linha que adivinha só? está cortada também. sem escolhas, pego o celular e gasto meus preciosos créditos pra ligar para um pessoa de são paulo e faço a ligação para essa terza:
-alô?
-opa, beleza? aqui é o santhyago, primo da manuela, é sobre a camera que ela pediu pra me entregar
-ah sim ela tá aqui, pode vir buscar?
- posso sim
-...
-...
-...
- ãhn, qual o endereço daí?
- ah é, pega a rua geraldo omwskewlrkçjrwel (interferencia nessa hora)
-que? como ? ah, tá certo, que número?
-número tal, vai vir a pé ou de ônibus?
-acho que a pé, deve ser perto
ela se despede, e eu vou atrás da lista telefônica, achar a rua. depois de 3 minutos, não encontro nada e então, recorro ao mestre de todas as respostas, o google, que não me dá respósta nenhuma, achei justo, já que não tinha o outro nome da rua e escrevr geraldo não me levou a nada. seguindo as indicações do bilhete, resolvo sair de casa atrás do lugar.no caminho, ligo pra ela de novo e pergunto perto de onde fica. me dando um ponto de referência decente, eu sigo caminho pra lá, não sem antes me perder e ir pro lado oposto e errado, facilmente resolvido ao perguntar pra um cobrador de ônibus se aquele era o ponto certo. era outro ¬¬'.
no caminho, percebo uma coisa. era o lado mais barra pesada de meu bairro, onde tem pelo menos um fura-bucho por dia. torcedo para quee eu não seja o escolhido pra cumprir a meta do dia, ando no meio de duas ou três bocas de fumo e de rodinhas de mano ouvindo "candy shop". quando esou no ponto que la disse, acabo não achando a rua. pudera, nenhuma delas tinha placa, seria um milagre achar a rua sem isso. mas sabe-se lá como, de meu lado se abre uma porta e de lá, uma mulher assustada olha pra fra, e quando me vê, ameaça fechar a porta novamente
- ei, sabe onde fica a rua geraldo.... algo assim?
-geraldo? sei não, nem inziste rua com esse nome por aqui. vai mais pra frente que nu mercadinho podem saber.
-tá certo, obrigado e boa noite- mal termino a frase e a porta bate na minha cara. gente educada é outra coisa...
nem chego ao mercado, pois a rua AO LADO de onde a mulhjer abre a porta tem uma placa, a única em um raio de 3 quilometros, com o nome da rua que eu queria, que acabei descobrindo se chamar Geraldo orketing, uma beleza. começo a catar os numeros, algo que de primeira, percebo que poderia ser algo dificil, quem sabe, impossivel.
sabe aquelas ruas que cada cadsa tem pelo menos 4 numeros diferntes, e cada um deles segue uma ordem completamente aleatória? essa era uma dessas ruas. ando por ela umas 3 vezes, olhando as casas. lá pela 4ª vem, pessoas nas janelas já começam a me observar, então, resolvo ligar pra ela novamente:
-ãhn, olá, eu já estou na rua e não estou achando o número...
- ah, é um sobrado amarelo, com um carro branco na frente.
-tá certo, vou achar. até mais
a primeira informação da noite que poderia me levar a algum lugar. é, eu achava isso, se não fosse o caso de a rua ter 12 sobrados, sendo 5 desses amarelos e 3 desses sobrados amarelos terem um carro branco na frente, umabeleza. logo no primeiro, tem uma mulher na frente, pergunto a ela:
-olá, aqui é o número tal?
-não, aqui é o número 21
-opa, então errei feio, té mais
puto da vida já e começando a me molahr, pois uma garoa fina havia começado tiro o celular do bolso e ligo novamente, mas agora, um grupo que estava andando pela rua para pra me ver. temendo pela vida,ligo e peço pra ela me esperar ma frente de casa. logo que desligo, um dos caras do grupo vem pra falar comigo:
-perdido, cara?
-não, só um pouco, ams acho que já me achei.
-seguinte, será que rola de dá uns trocado pra nóis tomá uns goró?
dou umas moedas pra ele e me livro e sigo o caminho, pensando em como seria a volta, se eu fosse abordado dquele jeito de novo. eu estava só com 2 reais no bolso, dependendo, eu oltava de ônibus pra casa.
2 ruas ABAIXO de onde u stava era onde essa tereza estava me esperando. pego a camera,explico uma versão simples dessa história, ela ri um monte e vou pra casa, já meio molhado da chuva.
minha prima deve ter um tipo de problema, porque ela me deu a camera em uma sacola vermelha, impossivel de esconder aquilo. coloco a camera no bolso e sigo o caminho de volta. quando estrpiu próximo a uma igreja, dois grupos de manos começam a se aproximar, um da cada lado da rua, era a hora de eu escolher o menos perigoso. escolhi o que parecia ter menos pessoas, impossivel definir quantos são quando eles estão juntos, parece tudo uma massa de pano rosa e verde limão, algo bizarro.
eles me aborada, com a mesma pergunta de antes, parece que é um código, sei lá. um deles começa a ir pra trás de mim, andar de um lado pra outro na rua essas coisas, ams tiro o dinehiro rápido o suficiente e consigo sair do cerco antes que fosse tarde demais. molhado e com a adrenalina ainda correndo no corpo, chego em casa e descanso um pouco aqui, escrevendo isso para vocês.
é, quando eu voltar, terei fotos para mostrar, uma beleza. e esperoque a viagem renda algo interessante pra contar, pois será algo que valerá a pena, isso se eu voltar de lá.

30 de julho de 2008

catando lixo

desde sempre, catar coisas pelas ruas sempre foi um hobby meu. desde catar aquele folheto que parece interessante, até fuçar sacolas de lixo atrás de algo que me chamou a atenção através da transparência da sacola. tudo começou a muitos anos atrás, numa época em que tudo o que se jogava fora era realmente lixo. eu era um garoto que mal saia de casa, só ficava assistindo TV. eu tive uma época que ficava na freente da tela maldita por horas e horas, sem fazer nada. até que u mdia, recebi a noticia que uma vizinha iria se mudar e como todo bom garoto curioso, fui lá olhar os caras colocar as mudanças no caminhão. é, minha infância foi movimentada ¬¬'
depóis que tudo foi embora, um pacote jogado no canto me chama a tenção. era lixo, eu sei, ams sei lá, tive uma vontade de fuçar o pacote, pra ver o que ele tinha. ali, encontrei revistas velhas, jornais, livros meio estranhos, pedaços de plásticos de coisas quebradas e um pequeno rádio a pilha que ainda funcionava.
desde esse dia, sempre que eu chava um saco interessante, eu o abria para ver se tinha algo que eu poderia querer. por causa disso, já consegui ter em mminhas mãos pilhas de revistas, jogos velhos, vitrolas quebradas, pedaços de video cassete, e um carro verde, coisas que tenho aqui em casa jogadas em algum canto ainda.
mas eu ser um catador de lixo não é o objetivo disso. nisso sempre veio a minha cabeça a pergunta: "porque alguém jogaria isso fora?"
objetos sempre tem um valor, sentimental ou financeiro, reunir energias suficientes para ter coragem de o jogar fora é uma coisa que não entra em minha cabeça, eu, um cara que tem em até hoje pacotes de molhos desalgadinho, daqueles que dizia ser gelados, folhetos de politicos de 1996, todo o tipo de cacareco que eu nunca achei sentido em jogar fora e que ainda acho que pode ser útil.
mas é juntando todas essas coisas que eu acabo me perguntando o que é realmente importante para mim, se são coisas que acho no lixo e que tiveram valor pra alguém um dia, ou são aquelas coisas que eu guardo com toda a segurança, pra que nunca tenham o mesmo fim que aquelas que acho?
ainda espero que a resposta disso esteja longe, até lá, continuarei a buscar algo que valha a pena nas lixeiras reais e emocionais dos outros

29 de julho de 2008

bêbados me perseguem, só pode

Aqui, uma história que usei certa vez para tentar ganhar mais um livro da trilogia do guia do mochileiro das galáxias. não ganhei, ams a história é que vale a pena, no fim de tudo.
Tudo começa em um dia que eu tinha resolvido ir para o centro de Curitiba, fazer exatamente o que eu não me lembro, mas eu estava indo pra lá. Lá estava eu, todo concentrado, com um livro na mão pra variar um pouco, quando do meu lado se encostam duas velhas e começam a conversar. O sol estava batendo exatamente onde elas estavam e uma delas sugeriu saírem dali e esperar em outro canto. Como a vida é um lugar engraçado, entra no tubo exatamente nesse momento um bêbado, que ao ver as duas se afastarem, começa a gritar com elas:
- EI, SUAS VACAS! EU NÃO SOU LADRÃO NÃO, EU TÔ INDO PRA CASA PORQUE EU MORO NO CENTRO AQUI TÁ? A MINHA CHAVE DO HOTEL E VOCÊS ACHAM QUE EU VOU ROUBAR VOCÊS? SUAS VELHAS METIDAS PIRANHAS! MEU PAI É SARGENTO E EU PODIA ACABAR COM VOCÊS AQUI, MAS EU SOU LIMPO, NÃO FAÇO ISSO (complete com o papo de bêbado de sempre aqui por mais umas 4 linhas)
Nessa hora, as mulheres começaram a desfiar um monte de desculpas para o cara e ele ainda continua a xingar elas. Como já disse, a vida é engraçada e dou uma chance pra vocês adivinharem ao lado de quem o bêbado foi se encostar para gritar com as mulheres.
Pois bem, lá estava eu, ao lado de um Pudim de pinga, com mais álcool que sangue no corpo, com cara que tinha acabado de sair de um puteiro, gritando ao meu lado e atrapalhando minha leitura. A essa hora, deviam ter umas 20 pessoas no tubo, além dos já citados aqui. Depois de ter minha leitura atrapalhada, eu já não conseguia mais ler em paz e como o livro era um pouco largo, o fechei com força, fazendo um barulho que calou a boca do bêbado por alguns segundos, pois ele logo havia retomado suas ofensas sem sentido.
Nessa hora, sei lá o que me deu, eu resolvi que isso tinha que acabar. Virei por lado, olhei bem pra cara do bêbado e falei pra ele calar a boca, que ele estava incomodando todo mundo.
-OLHA SÓ, TEM UM CARA AQUI QUE NÃO É GAGO NÃO! FALA FIRME, NEM TEM MEDO! TEM QUE OUVIR O QUE UM CARA DELE TEM O QUE FALAR E EU VOU FICAR QUIETO ANTES QUE ELE ME FAÇA ALGO!
Nisso, ele fica quieto por uns 2 minutos, me encarando. Retiro o livro da mochila novamente e sob olhares de todos no tubo, retomo minha leitura. De repente, esse filho-da-puta começa a resmungar:
-Quem pensa que é pra me mandar a calar a boca? Acha que sou gago? SOU FILHO DE GENTE GRANDE, NÃO DEVIA MEXER COMIGO, TENHO DINHEIRO MORO NO CENTRO (E basicamente tudo o que ele tinha dito antes, agora direcionado a minha pessoa).
Pensei: “Já que comecei, é melhor terminar”. Enquanto ele falava/ gritava, guardei o livro novamente e peguei no ombro dele, apertando sutilmente, enquanto falava que ele estava incomodando todo mundo e que se ele não parasse com aquilo, teria que tomar alguma providência. Como se minha mão fosse um pedaço de carne podre que tivesse caído ali, ele começou a encarar ela, enquanto falava:
-Vai fazer o que? me bater? É? Vem, pode me bater que tu tá fodido!
Ainda com a mão no ombro dele, falei que não era isso, e comecei a puxar ele pra fora do tubo, sobre olhares de todos. Nessa hora, ele vira para mim se soltando de minha mão e começa a me encarar.
Como se estivesse seguindo um roteiro, o ônibus se aproxima, eu olho pra ele e digo:
-Cara, eu ia fazer algo por você, mas agora meu ônibus chegou, se fode aí e não me enche o saco.
E entro no ônibus.
Lá dentro, todo mundo me encara. As duas velhas que iniciaram tudo isso se afastam e ficam no seu canto, caladas. Segundos depois do ônibus começar a se movimentar, sinto uma mão em meu ombro e um bafo característico. Era o bêbado novamente.
-Cara, que você ia fazer lá?
-Nada, talvez te ajudar, sei lá.
-Sabe quem eu sou? Já ouviu falar de (insira nome impronuniciável aqui)? Eu sou o cara abaixo dele, toda a droga do centro passa pela minha mão.
-Tá certo, e daí?
-Sabe, você com essa cara parece um dos balãozinho que a gente usava pra transportar, tu tem mó cara de quem mexe com droga.
-Tenho? isso é uma surpresa pra mim.
-É, tem sim. Sabe que eu podia ter matado você ali? Tua sorte é que eu tô sem meu berro.
-Cara, por mim, você que se foda, não ligo pra quem você é, o que faz ou quem já matou, mas fica na sua e não incomoda ninguém aqui, ok? Olha, tem um lugar livre ali, senta e tira um cochilo, ok?
Nessa hora, com o cu na mão, nem sei de onde tirei coragem pra falar isso, mas foi o que eu disse
-Olha que tu não é gago mesmo, hein? Vou ali mesmo e ficar no meu canto. Meu nome é (tal nome, nem lembro), você se chama como?
-Carlos.
-Olha, Carlos, se precisar de algo, fala comigo em (tal lugar, me forcei a esquecer), te arranjo algo na faixa.
Pode parecer algo idiota agora, mas acredito que essa foi a maior roubada que eu mais me arrisquei nesse ano. Abro espaço aqui pra falar um pouco sobre que tipos de pessoas estavam no ônibus. Tinham vários estudantes, pessoas comuns como eu, 2 caras que pareciam estar indo pra academia, o que confirmei na parada final, um grupo que estava indo para seu curso de SEGURANÇA, com aqueles uniformes e tudo o mais. Acredito que, se eu tivesse caído no chão, eles teriam passado por cima de mim, o que me deixa com mais certeza que eu só posso confiar em eu mesmo.

28 de julho de 2008

aprontando no serviço: parte 2

pouco a pouco, vou pegando o jeito de aprontar no serviço, ainda mais porque acabo descobrindo coisas que não tinha dado a atenção suficiente da primeira vez que vi. por exemplo, os caras que aparecem por lá. repositores, faxineiras, outros estoquistas, caixas, todo o tipo de trabalhadores que se encontra em um mercado aparecem por lá, seja pra fazer nada ou pra pegar produtos, sempre aparece uns por lá
antes de tudo, no local onde fico, tem um outro cara além de mim que cuida por lá, o seu valdemar, um cara chato que mal fala comigo, o que é bom, porque ele é chato. mas enfim, vamos ao que se pode fazer com as pessoas que aparecem por lá.
existe uma gaiola por lá, onde são guardados os doces. se chegar de mansinho ,tem como prender quem está por lá que só poderá sair quando o segunrança chegar. nunca fiz isso, só vi fazerem, mas eu ri muito ao ver isso.
outra coisa é quando tem rolos de papel higiênico soltos, de pacotes estourados pelo depósito. eles voam de maneira interessante, indo com uma trajetória certeira e forte, dependendo de como se joga. se tem gente suficiente pode se fazer dois times e cada um joga os produtos de um lado pra outro. mas duelos são interessantes também, sempre começam por uma besteira qualquer, algoque eu já me acostumei, sempre me cuidar para desviar de um rolo que pode tentar me atingir.
mas o melhor de tudo é o sabão em pó. as caixas de papel umedecem, tornando elas menos resistentes, fazendo que o sabão fique espalhado por tuodo que é canto quando uma caixa cai no chão. como desperdiçar é feio, e osabão tem uma consistência boa o suficiente para fazer bolinhas, é isso que se faz por lá, ao invés de bolas de neve, bolas de sabão em pó. elas estouram bem, deixando marcas nas paredes, chão, pessoas e onde mais acertar.
outr maneira de zoar os promotores é fazer brincadeiras individuais, mas fazer isso são garantias de que terá vingança. a que eu achei mais legal de se fazer foi quando estourou um tudo de silicone em pasta por lá. como os caras colocas os carrinhos ali, escondidos, eu peguei aquela pasta, uma esponja e lambuzei todos os lugares onde se pode colocar a mão naqueles carrinhos, berços e tudo o mais. no dia seguinte, olhar a cara feia de todo mundo e suas mãos brilhando foi um dos pontos altos de meu dia. depois fiquei isolado entre uma parede de papel higiênico, mas isso é tão incrivel que merece um post só pra isso. o que farei amanhã. texto sem revisar, sem tempo hoje para isso. descumplem os erros, mas fazer o que?

26 de julho de 2008

Escorregando por aí

Taí uma coisa que sempre que possível tento fazer. É óbvio que sempre me machuco e minha situação no final de cada um desses momentos acaba sendo a pior possível, mas de uma cosia sei: Eu sempre sobrevivo. Pelo menos, sobrevivi até agora e espero que continue assim.
Escorregar em lugares acabou por se tornar um hábito, desde que eu descobri que tenho uma grande capacidade de quase nunca me machucar gravemente e nunca ligar para sujeira na roupa, que vive no limite de ser confundida por uma calça de mendigo daquelas que dá pra ver as manchas de sujeira de longe, que podem ser confundidas até com uma decoração da calça, dependendo do padrão dela.
A primeira vez que escorreguei por algum lugar e que realmente importou foi em um terminal aqui em Curitiba. Qual foi, não me lembro, mas sei que ele tem uma escada que atravessa por baixo das plataformas e essas escadas tem por caracteristica ter em um de seus cantos uma pequena rampa em todos os degraus para transporte de algo. No dia que fiz isso, quase caí, mas por incrivel que pareça, consegui me equilibrar e descer tudo em uma velocidade média, algo que me deixou impressionado um pouco, mas não o suficiente, pois perdi tempo subindo a escada e repetindo tudo. 4 vezes. Depois, eu já ia mais rápido e não me importava com o olhar de um cara que stava esperando o ônibus e ficava me olhando estranho, como se aquilo fosse a coisa mais idiota do mundo. era, eu sei, mas foda-se. Acabei chegand oatrasado a uma entrevista de mprego por causa disso, mas não importa agora mais.
Depois disso, nunca mais voltei por lá e acabei me esquecendo disso, até que fui acampar. Eu e uns amigos fomos até uma pedreira e passamos a noite lá, comendo carne crua e dormindo em pedras, em uma história que contarei mais detalhes em breve.
No dia seguinte, logo no fundo do lugar onde tinhamos ficado, achamos uma pedreira de saibro, onde tinha um lugar legal para subir com uma vista perfeita. não sei quem deu a idéia, mas só sei que fui o primeiro a descer. Escorregando por cascalhos afiados, pedaços de pedregulhos que poderiam fatiar alguma coisa mais sensivel, chego ao final de um declive de mais ou menos 20 metros, com um ângulo de 50º mais ou menos. Pegue seu esquadro e descubra quanto é isso, só pra ter uma média da idiotice e perigo que acabei sobrevivendo. As outras coisas que aconteceram depois disso, contarei em outra oportunidade, mas só digo que ali, voltei a me lembrar que isso era legal e sempre que via um gramado, corrimão ou qualquer coisa que pudesse proporcionar um escorregar, eu estava lá, tentando fazer isso.
Um dos momentos que mais me lembro disso foi quando estava eu e umas amigas vadiando por tijucas do sul. Lá, uma cidade calma, sem nenhum perigo, estava eu andando com elas quando encontro uns caras conhecidos, que logo vem até mim pra conversar um pouco enquanto andamos. Quando estamos próximos a igreja, um deles fala:
- Olha só como a grama está úmida, se alguém cair ai pode morr... PUTA MERDA!
Isso que ele disse foi no momento em que me afastei deles, corri para um um impulso e saltei com tudo no gramado, escorregando a uma velocidade alta e descendo aquele pequeno morro em menos de 3 segundos. Enquanto eles davam a volta e um deles tentava sem sucesso repetir minha manobra, eu estava lá embaixo observando que, se eu tivesse pulado alguns centimetros para um dos lados, eu teria caído exatamente em cima de uma grade de bueiro, o que acabaria me levando a ferimentos que talvez fosse sérios. Mas nada aconteceu. Depois disso, sempre que tem um desafio assim, eu sou o primeiro a ser chamado, só porque sou o único com coragem/burrice suficiente para tentar primeiro e porque aquilo pode parecer legal depois, quando me contam como foi, pois nunca fazem videos disso ¬¬
Semana passada, recebi uma ligação de um de meus amigos de lá, falando que tinham ido a uma serra e lá tinha uns lugares que eu iria gostar de escorregar. Tentado entre viajar pra lá só para ver isso, ainda estou decidindo se vou ou não. mas ainda, me falta um pequeno incentivo para ir para lá de novo...

25 de julho de 2008

aprendendo a observar

Desde uns 6 anos atrás, eu comecei a observar de tudo. os pássaros, nuvens, pessoas, chão, tudo, exatamente tudo, sem deixar nada de lado. Como tudo isso começou eu me lembro bem e é exatamente isso que irei contar para vocês hoje.
Muito tempo atrás, eu andava por tudo que é lugar e acabava por ignorar tudo que era importante. Pessoas, ruas, locais importantes, tudo passava pela minha cabeça e era esquecido em poucos segundos, até que um dia, eu fui fazer meu cartão de transporte.
O lugar que fui fazer foi na rodoviária, e quem já foi lá sabe como aquele lugar é cheio, não importa o dia da semana ou a hora, sempre tem centenas de pessoas indo e vindo de algum lugar por lá.
Como o cartão iria demorar a ficar pronto eu resolvi dar umas voltas por lá. Na época, não era assim tão fácil fazer o cartão, era quando estava sendo implantado a bagaça e tinha uma fila enorme, que fazia com que tudo parecesse mais demorado que o normal. Some isso a um calor infernal e terá uma idéia de como que estavam, as coisas por lá.
Então, resolvi andar um pouco pelo lugar pra ver o que poderia achar por lá. Muito tempo atrás, eu me lembrava que tinha uma loja de mágicas por lá, mas era quando eu tinha uns 7 ou 8 anos, muito tempo, achei até que não existia mais. Eu estava enganado, como veremos a frente.
Eu andava por lá fazia já uns 15 minutos, olhando ocasionalmente as vitrines poucas que tem por lá, até que chego a essa loja, com a mesma vitrine de tanto tempo atrás, com as mesmas coisas que me lembrava de ter visto naquela época. Claro, não entrei na loja, mas sem querer, passei na frente dela um monte de vezes, porque esquecia qual plataforma tinha pego e acabava indo pela mesma.
Foi aí que, cansado, resolvi me sentar num daquels bancos e olhar o movimento. Ali, uma coisa passou pela minha cabeça, uma frase que me marcou e me motiva a continuar até hoje a observar de tudo, arranjando material para a minha vida e inspiração de cenas. A frase que me pareceu foi:
"Tantas pessoas andam de um lado pra outro, tantas histórias sendo vividas e eu aqui, sem uma pra viver. Se não tenho uma, imaginarei a dos outros.". E dai em diante, comecei a observar as pessoas. A primeira que vi, foi uma mulher, sentada poucos metros a minha frente. Ela tinha várias sacolas, e em uma delas, tinha um pacote de presente. Era uma caixa quadrada, que imaginei que ela iria levar para alguma pessoa importante. Acho que fiquei a observando por uns 10 minutos, até que ela entrou no ônibus e nunca mais a vi novamente. Dali em diante, observar pessoas se tornou um hábito, que logo foi estendido para árvores, ruas, o movimento, nuvens e o meu preferido, praças.
É claro, perdi minha senha nesse dia também, mas o que aprendi com tudo isso foi uma coisa que levo até hoje, e é um dos traços de minha personalidade quase inexistente.

24 de julho de 2008

almoço com o máskara

Uma das coisas que mais sinto falta agora que estou com um emprego ""decente"" é o tempo que eu perdia antes andando pelo calçadão da XV no centro de Curitiba. Lá, acontecia muitas coisas e aqui, vou contar uma delas, que nomeio como o dia que almocei com o máscara.
Eu tinha já feito tudo o que tinha que fazer no dia em tempo recorde como sempre: ir a bancos, pegar dinheiro, entregar coisas, tudo isso. Com o horário de almoçar se aproximando, me bateu aquela fome e fui para meu restaurante preferido, o que tinha a comida mais gostosa pelo menor preço. Enquanto me dirigia pra lá, ficava tentando me recordar o que tinha visto no dia, o que tinha feito até ali e planejando o que faria depois. Chegando lá, me sirvo de uma pequena montanha que me levaria a falência se eu almoçasse por quilo e sento na minha mesa habitual, de frente para a janela, para observar o movimento como sempre. De longe, vejo aquela figura estranha, vestida em um terno amarelo, com um chapéu de igual cor e andando e mexendo com as pessoas na rua. até pouso meus talheres no prato para ver aquilo melhor. Ele sai de meu ângulo de vista e volto a comer, mas não por muito tempo, pois um grito logo tira a atenção de minha tarefa:
-NÃO TEMAM! O MÁSKARA CHEGOU!
Como é costume quando isso acontece, nem olhei pra porta, ao contrário de todas as pessoas do restaurante, curiosas ao extremo. Só fiquei ouvindo ele andando pelo restaurante, zoando os que encontrava no caminho, falando besteiras na fila até que por fim, aquele silêncio caracteristico de alguém se decidindo toma conta do lugar. Dava pra sentir a tensão ali, do medo que as pessoas tinha de que ele sentasse numa mesa próxima de pessoas normais. Bom, já dá pra imaginar onde ele se senta, não é?
o espaço a minha frente logo é ocupado pelo prato dele, que se senta em um movimento estranho, dando umas voltas antes de finalmente colocar a bunda na cadeira.
-Olá, meu bom garoto, hoje almoçarei com você, se não se importa!
-beleza, sem problemas- e continuo a mastigar. Se ele entendeu, eu não sei, falei de boca cheia.
Fico en silêncio, comendo e o observando, coisa que ele também faz comigo, fazendo como se estivesse afiando o garfo e a faca. Cada porção de comida que ele colocava na boca era feito enquanto cantarolava uma música, que ignoro qual seja. Eu fico o olhando e ele faz o mesmo, até que aponta a faca para trás de mim e fala:
-Olha lá aquela mulher! Ela come que nem um rato!
Normalmente, se virariam sutilmente para ver o que estava seno apontado, mas não eu, me virei com tudo e encarei a mulher, que agora olhava para nós dois: ele, com a faca apontada para ela e eu, olhando na direção dela com a boca cheia, mastigando.
Volto a minha posição original, e penso em alguma besteira pra falar, alguma coisa que pudesse valer a pena lembrar depois. Na hora, só me veio isso:
- Escuta, essa tinta na sua cara coça?
-Não, nem um pouco, é tintura especial pra maquiagem mesmo
-Que coisa. Sabe, tem umas tinturas tóxicas, que podem matar.
Ele fica em silêncio e eu esperava uma resposta. Como não veio nenhuma, continuei:
-Você estava a uns dias nas casas Bahia, certo?
-Estava sim, mas agora esou ali, na loja de sapatos, ali tem um público mais interessante. Eu tenho que usar essas roupas, desde que participei daquele show de calouros, meu telefone não pára de tocar com contratações e tenho que ir onde pedem.
E aí, ele começa a contar a história da vida dele, o que aconteceu antes de ele vestir a roupa, o que levou ele a fazer isso, muitas coisas que mereceriam um "arquivo confidencial", mas que não vou falar nenhuma delas aqui, não interessa mesmo a história.
O almoço que deveria durar uns 10 minutos, dessa vez se estendeu para 30, dos quais fiquei falando besteiras com um desconhecido de terno amarelo e comendo uma boa comida. No fim, ele acabou de comer antes e saiu, se despedindo de mim de maneira normal e para os outros, correndo até o caixa em uma pose de fuga, que manteve até sair na rua, coisa que pude ver da janela...

23 de julho de 2008

Aprontando no serviço: parte 1

Ah, o trabalho de estoquista. Quando me disseram que esse trabalho seria chato, eu pra variar desconcordei, só pra ser do contra mesmo. E agora, percebo que eu fiz bem em não desistir desse trabalho por achar que ele não seria divertido.
Hoje, completa um mês que trabalho no Jacomar, nos bastidores do lugar, aqueles locais que poucos tem acesso e menos ainda tem o saco e paciência para ficar lá mais de algumas horas por dia. eu mesmo não fico por lá mais do que 4 horas, apesar de ter turnos que deveriam durar 7 horas...
E primeira coisa que percebi ao comecar a trabalhar lá é que, depois que você arrasta caixas suficientes, tudo fica mais fácil no dia seguinte. Seja porque fico mais forte (duvido muito) ou porque pego o jeito pra fazer o serviço, isso ainda continua um mistério para mim, que pretendo que continue assim.
A segunda coisa que eprcebi é que eu estou emagrecendo pelo menos 2 quilos por dia. Se eu não me alimento de maneira correta, que podem entender como "comer o suficiente para um cavalo", pois é mais ou menos isso que como por dia, mais ou menos o que eu emagreço eu recupero na hora do almoço ou mais tarde. Mas meu corpo de fisiculturista da somália não interessa, vamos ao que interessa, ao depósito em si, que é lá que acontece toda a magia e as zoeiras, onde eu enrolo a maior parte do tempo de meu dia.
A primeira semana minha lá foi só pra me acostumar, nada que aconteceu por lá naquela época é válido de uma história. Já contei como fiz um cara achar que tem câncer, que por sinal, ele ainda não voltou, pergunto sobre ele, e ninguém sabe onde ele está.
Algumas semanas atrás, o depósito estava vazio. Ele é formado por 6 corredores, com prateleiras altas, quase até o teto. normalmente, eles tem prateleiras que mal dá pra ver o outro lado de tão cheias. do nada, começa a chegar papel higiênico, ocupando todos os espaços dos outros produtos. com tanto papel higiênico, o som fica isolado, dá pra ouvir até o som do pó caindo.
Nessas, a única maneira de pegar os produtos que estavam ocultos pelas prateleiras era subir em cima dos rolos de papel, escoreggar até onde estava as ditas caixas, levantar elas e se arrastar de volta pro lugar onde tudo havia começado. uma beleza, depois de algumas horas, se acostumava e ra só ficar escoregando por cima de tudo, torcendo pra tudo não balançar e cair.
agora, tudo está limpo denovo e tudo isso que aconteceu só serviu pra aprender uma lição: nunca tente dar a volta em um palete de papel, ele pode tombar. legal...
dias atrás, estava eu andando pelo depósito, quando acho uma faca em um dos cantos. e mais outra e mais outra. no total, achei 6 facas por lá. como o dia estava chato e demoraria mais ou menos umas 2 horas pra acabar o dia de serviço, resolvi brincar.
peguei um pedaço de caixa, desenhei um alvo nele e prendi em um monde de sabão em pó, onde comecei a lancar as facas. fiquei nessa uns 40 minutos, até que cansei. juntei tudo e qual minha surpresa ao só encontrar 5 facas. na hora, nem me preocupei, ams depois, bateu aquela dúvida de onde poderia estar aquilo.
procuro em todos os lugares, e aí então, a acho. no corredor ao lado, um palete de qboa estava empilhado. e em um dos potes, estava a faca, toda cravada. na hora, penso que fiz merda e tento tirar a faca,ams mudo de idéia, podia espirrar, sei lá. criando coragem, tiro a faca e saio, porque deu a hora. no dia seguinte, penso que verei uma poça de qboa no caminho, mas não, tudo estava limpo. o palete de qboa tinha sumido. pelo que soube, foi pra outra loja, e até agora, não sei que merda deu isso, mas um dia, eu descubro...

22 de julho de 2008

Indo ao cinema

eu pretendia contar uma outra história hoje, mas como acabo de voltar da seção de Batman: o cavaleiro das trevas, resolvi contar algumas coisas que aconteceram hoje, aproveitando que os fatos ainda estão frescos em minha memória.
primeiro de tudo, fui no cinema aqui perto de casa, um shopping que não tem lojas, só o cinema, porque tudo faliu, só restou ele em pé. vou de sobretudo, porque estava frio, meio chovendo também, para me proiteger, como sempre, afinal, o sobretudo é como se fosse uma segunda pele, armadura de placas +1 contra dificuldades do tempo.
agora, em segundo lugar, o cinema estava VAZIO quando cheguei, só eu praticamente naquela bosta. olho os horários e vejo que a seção de Batman só iria começar as 20:40. tudo bem, se não fosse 18:25 quando cheguei e comprei o ingresso. tentado a voltar pra casa ou ficar ali esperando, escolhi a segunda opção, me sentando no chão apesar de ter vários bancos livres.
como estava com o livro Eragon, continuei minha leitura, para passar o tempo, e quando vi, já estava ali, sentado a uns 50 minutos, comendo bolachas e bebendo refrigerante, que eu não sou louco de comprar lá pelo dobro do preço. trago de casa mesmo.
aquela vontade de esvaziar a bexiga vem, então, resolvo ir até o banheiro. na praça de alimentação, as luzes estão apagadas, tudo quieto,sozinho. pensei rápido e só uma palavra veio a minha mente: TRAP! guardei o livro, e protegido pelas sombras, tentei me lembrar do caminho do banheiro, me locomovendo nas trevas mesmo. ouço o barulho caracteristico do mictório, e me dedico a minha tarefa, quando ouço barulhos na porta do banheiro. fico quieto, só ouvindo e do nada, um raio vermelho aparece nas lajotas.ficao mais parado ainda. o brilho vermelho se revela um alerta de um carro que passava por ali, e os barulhos, ainda não descobri, e prefiro que fique assim.
volto a meu lugar no chão, continuo a ler e quando vejo, a seção já começou e eu entro na sala, não sem antes comprar pipoca, coisa que odeio, mas resolvi comprar mesmo assim.
a dona que cuidava do balcão sempre que ia me atender, era distraida por um moleque maldito que a chamava, fazendo seu pedido. depois de ser ignorado 3 vezes, aproveito que o cara do meu lado tinha sido atendido e peço com ele. dou o dinheiro a ele, pego meu pote de pipoca e saio, achar meu lugar.
não vou falar do filme, todo mundo já falou sobre le e não tenho mais nada a acrescentar. o filme é foda e ponto final.
na saída, o meu telefone toca e rola um diálogo entre u e minha irmã:
-Santhyago?
- quê?
-tá onde?
-cinema
-tem chave?
-sim
vai demorar pra chegar?
-5 minutos- e já começo a correr
o legal de um sobretudo é que ele se abre com o vento e pessoas sendo ultrapassadas por alguém correndo com um fazem os mais bizarros comentários, como o que ouvi enquanto ultrapassava um grupo:
-AH MEU DEUS! UM JUMPER!
nem olhei para trás, cheguei em casa no tempo que prometi, a tempo de postar isso antes da meia-noite. agora, quando escrevo isso são 23:58. missão cumprida. amanhã, volto a programação normal

21 de julho de 2008

"Sou sósia oficial do roberto carlos"

a frase acima tem explicação, infelizmente. e com ela, aprendi uma lição que, sempre que possível, coloco em prática: "dê dinheiro a um bêbado antes que ele começar a falar".
a muitos anos atrás, mais exatamente 2 anos, eue trabalhava em uma lotérica. os turnos eram meio estranhos por lá, eu entrava as 13:30 e saía as 19:00, quando não pintava nenhum problema como assaltos, falta de dinheiro e essas coisas. um dia conto sobre o assalto, foi algo legal.
nesse dia que se passa o fato a seguir, eu tinha feito merda e acabei por sair de lá umas 20:30, mais ou menos, acho que era mais tarde, mas isso não vem ao caso agora. eu tinha duas escolhas para chegar em casa: ou pegava o terminal guadalupe, com seus bêbados, travestis prostitutas com idade para serem minha vó que sempre se colocavam entre o caminho do ônibus, ou eu tinha a escolha de ir até o estação e pegar o ônibus por lá. cansado e sem nenhuma moeda no bolso, resolvi pegar o caminho do estação. eu não sabia ali, mas tinha feito merda fazendo essa escolha.
andando sossegado pelas ruas, observando a vida noturna de praças e botecos, eu demorava uns 15 minutos pra chegar lá, e durante esse trajeto, fui fuçando meus bolsos, e, qual minha surpresa, achei em um deles 5 reais, que utinha dado como perdido a muitas semanas. entro em um desses botecos, e com toda a minha malemolência, bato no balcão e digo:
-Uma coca de um litro
todos param de beber e me olham, no que logo emendo:
- E pra viagem! Rápido!
seguido por caras de WTS de praticamente todos que estavam por lá, menos de um deles, que estava dormindo na mesa, com uma poça de baba já pingando no chão. me deram ela em um daqueles sacos de pão, marrons, uma coisa que, se fosse vista de longe, parecia uma garrafa de cachaça.
chego até meu ponto, tomando o refrigerante direto no bico, mas não sem antes ser parado por um bêbado que esperava na porta do tubo, que me aborda e diz:
-escuta, cara, me dá um pouco disso aí, eu to com sede, minhas pernas estão queimadas- levanta uma das pernas da calça e mostra um enorme quantidade dde cicatrizes- a pomada pra ela custa 80 reais o tubo to com fome preciso de dinheiro pra pegar o onibus me dá um gole disso?
demoro uns 3 ou 4 segundos para dividir tudo o que ele disse, traduzir, ficar confuso, juntar tudo de novo, colocar na ordem e finalmente entender o que ele havia dito. minha resposta? me arrependo até hoje dela:
-ó só cara, fica com a garrafa e peraí- tiro da carteira dois reais, troco do refrigerante- pega isso também.
-o meu deus, deus que ajude, que deu te dê em dobro deus te salve- e mais um monte de des te alguma coisa que ignorei, entrando no ponto rápido.
quem entra logo atrás de mim? achoq ue não preciso dizer. ele se encosta no cano a meu lado, e começa a falar umas coisas, sobre as queimaduras, sobre a pomada, tudo de novo, até que o ônibus chega e vou rapidamente para o fundo, onde acho um banco.
o costume de carregar um livro é algo que nunca perdi, mas nessa época eu não tinha mochila, então o dcarregava nas mãos mesmo. começo a ler el ali mesmo, mas logo sou interrompido. atrás de mim, ouço uma voz conhecida:
-saudações, pessoas que estão indovoltando pra casa, eu, sósia oficial do roberto carlos, vou cantar uma música pra alegrar a viagem de vocês- vai pro fundo do ônibus, EM MINHA FRENTE e começa a cantar aquela música do calhambeque.
eu não sou uma pessoa de sentir muita raiva, ams ali, naquele momento, achoque cheguei perto. demora uns 30 minutos pra chegar até o terminal o ônibus, e esse cara foi cantando a viagem inteira. quando cansava, ele começava a locutar partidas de futebol imaginárias, ou rodeios, uma coisa de louco. uma hora, eu tinhachegado até a pensar em dar os outros dois reais que u tinha para fazer ele calar a boca, mas o risco de ele dedicar uma música a mim era grande demais.
chego até o terminal, e não sou o único a se espremer na porta e tentar sair antes que o bebado resolva seguir alguém. nunca vi uma multidão correndo de algo, mas ali foi o mais perto que cheguei de uma cena assim.
Até mais, e hoje é segunda, leiam a coluna no AOE.

17 de julho de 2008

olhando o movimento...

Ir até a praça do japão é divertido. Lá, eu sempre vejo coisas que me fazem duvidar em meus olhos. Eu poderia começar a falar aqui sobre os encontros do dia da toalha que rolam por lá, mas isso é meio que especial demais, tenho que fazer um post só sobre isso, dado o número de acontecimentos que ocorrem nessas reuniões.
Da primeira vez que fui lá, logo depois que a praça foi re-inaugurada, aconteceram muitas coisas, todas elas me fazendo voltar a semana seguinte para ver de novo o que pode acontecer.
A primeira coisa que aconteceu foi um carro da RONE cercando dois caras sentados próximos a mim. Um dos policiais, meio afastado e com a arma em punho ficava ora observando a praça, ora observando a mim, até que por fim eles foram embora ,com os dois caras debaixo do braço, onde desovaram eles, nem quero saber.
Logo depois, acho que mais ou menos uma hora, ouço sons de pessoas gritando e fazendo zona, acabando com a harmonia da praça. Era um daqueles grupos de parentes, familiares que decidem andar por aí de bicicleta, fazendo um turismo interno na própria cidade, acompanhados de suas garrafas de água com gelo em bloco dentro, uma beleza. Como alguns devem saber, ali tem vários lagos, bonitos, com pontes e ilhas internas, fazendo conexão com as outras uma coisa de beleza incrível, não me canso de olhar pra elas. Estava eu escrevendo mais um capítulo de meu livro quando do nada ouço falarem:
-FHAJFAFHSJ, DUVIDO QUE CÊ PULE NA ILHA ALI, Ó!!- e aponta pra única que não tem ponte ligando.
Como é normal nesses desafios, sempre tem alguém pra fazer o que é imposto e dessa vez, não foi diferente. segundos depois, alguém diz:
-EU PULO!!!- seguido por um grito e depois de mais ou menos 3 segundos, ouço um tchbluf! É, ela tinha caído na agua, me dando uma nova informação. Sempre achava que os lagos da praça do japão eram rasos, que não passavam de espelhos de água, mas a água na cintura da guria me fez mudar de idéia, aquilo devia ter uns 50 centimetros de profundidade, talvez mais.
Já que estava molhada, o que era continuar? Andando de ilha em ilha sem usar as pontes, ela praticamente circula o lago, até a hora que a mãe, eu acho, a chama pra tomar água daquela garrafa, no mínimo 6 graus mais fria que a temperatura exterior. Felizmente, saíram rápido, me deixando com meus pensamentos de novo.
A árvore que tem lá no meio é protagonista de muitas fotos que aposto, muitos tem em seus álbuns como destaque. Poderia contar histórias de pessoas tirando fotos nela, mas isso não teria o mesmo impacto que tem essa história em especial. Novamente, eu entretido com meus pensamentos, quando entre um parágrafo e outro olho pros lados e vejo um cara embaixo de um árvore.
Ele estava olhando pra árvore, com um álbum nas mão. Olhava o álbum, dava uns passos, se arrumava um pouco, afastava, aproximava, sei lá, uma sequência de coisas que durou mais ou menos uns 3 ou 4 minutos, dos quais observei, curioso.
Quando ele parece ter achado o ponto certo, de suas costas ele tira a mochila, e de lá, um tripé, juntamente com uma camera. agora com a camera do lado, ele olha uma última vez para o álbum, para a tela dela e finalmente aperta o botão, tirando a foto. parecendo satisfeito com o resultado, ele guarda tudo, e sai do outro lado da praça, da mesma maneira que chegou...
E, a praça é legal, pelo menos sei que indo lá, meu dia será ao menos inusitado, e que terei garantia de encontrar pessoas legais. Amigos ou apenas filhos do arquiteto do universo, eu não sei, mas sei que sempre são pessoas que valem a pena.

porque a solidão me acompanha

Existe uns fatos de minha vida que definiram o porque eu sou assim. Hoje, vou contar a vocês o porque eu sou uma pessoa meio fechada e que demora a confiar nos outros. Se confiei em você rápido, você é um dos poucos que tiveram essa sorte. mas vamos a história:
Tudo começa na época que eu estudava. É, faz MUITO tempo, ainda mais se localizar exatamente o ano que isso ocorreu: 1998. Dez anos.
Estava eu no colégio, numa época que iria rolar uma excursão para algum lugar. Ou era um retiro? Nem me lembro direito, mas tenho quase certeza que era um retiro.
Estava lá, eu sentado em minha mala, pensando em nada, um hábito que tenho desde sempre. O meu lado de observar veio um pouco depois disso, mas contarei em outra oportunidade. Só lembrando que aquela época eu era um bocado diferente do que sou agora. Era MAIS magro, menos alto, e meus sapatos não eram da moda, coisa que nunca liguei.
Tudo iria bem, eu quieto em meu canto, sentado na frente de uma sala sobre minha mala, quando de LÁ do outro lado eu vejo eles chegando.
Desde o colégio existem esses grupinhos cruéis, de gente que se acha mais que os outros por motivos que quando se é mais novo são as coisas mais importantes da vida. Desde um relógio que superava meu paraguaio que acendia uma luz, até o boyzinho que tinha um brickgame com mais jogos que o meu, eles eram a elite do colégio, sendo os mais mais, os caras.
Mas voltando, eu no canto, eles chegando. Dois deles se sentam a meu lado, uma garota (sim, tinham garotas) do outro e o restante, acho que eram três, em minha frente. Eu estava cercado.
Hoje em dia, eu teria ficado na minha, dito um "opa!" e ficado quieto, mas não, eu tinha que falar algo.
-Querem Nutella? Viram o ônibus?
Eles olham pra mim, como se tivessem notado minha presença só agora.
-Oi, Santhyago.-todos respondem
E do nada, começam a falar comigo. Eu respondo ocasionalmente, faço umas perguntas e isso dura o que? Uns 10 minutos. nem que eu tivesse memória fotográfica lembraria tudo o que ele disseram.
Então, depois de uns 10 minutos um deles se levanta e é seguido por todos os outros. Eu fico no meu canto, levantar pra que? Aí então, um deles fala:
- O Santhyago não é alguém pra andar junto com a gente
E saem da mesma maneira que tinham chegado. Naquela hora, eu fiquei quieto, pensei em chorar, gritar alguma besteira, mas não, fiquei ali, sentado apenas, sem fazer nada. Depois disso, no rtetiro, eles ficaram se afastando de mim, nem olhavam o mesmo lado que eu. E eu em um canto solitário, uma coisa de louco, até que ali comecei a aprender a achar as pessoas que prestam. Os outros excluídos por eles. Um pessoal que não se entrosava, mas que também não deixavam de fazer as coisas de sempre. Se fazer uma força, lembro dos nomes deles até hoje.
Uma coisa que tenho que dizer antes de acabar hoje. Eu sou o que sou, com pessoas que gosto a minha volta exatamente por causa daquilo. E elas, o que são hoje em dia? Infelizmente, posso dizer isso, porque tenho umas informações de pessoas que conheço ainda daquela época. Um deles, foi preso por roubar um posto. Outro, morreu acho que a uns 3 anos, em um tiroteio ou algo assim. O outro, ninguém tem noticia, sumiu quando completou 18 e nunca mais foi visto. As garotas agora: viuva desses caras, agora tem 3 filhos pra cuidar, vivendo de favor na casa de seus pais. A outra ainda não se decidiu com quer se casar, saindo de seu 5º divórcio.
E eu, o que posso dizer de tudo isso? Obrigado por me excluir, me fez ser o que sou hoje...
Até amanhã, se aguentarem outra história minha.

16 de julho de 2008

"cara, isso é cancer"

tem dias que eu acordo com algo estranho dentro de mim, uma vontade louca de falar merda e só dar risada de quem cair nisso. mas isso só dura até que eu abra os olhos. por poucas vezes, isso passou pra depois disso. terça feira agora, por exemplo foi um desses dias.
acordei, e isso passou pelos meus olhos, e saiu. no trabalho, tudo estava normal, até que tudo começa...
onde trabalho, o cheiro é terrivel. é amaciante, sabão em pó, Qboa, detergente e tudo o mais que cheira bem, no mesmo lugar. como fica no subsolo, o frio lá é demais, porque nãotem janelas onde o sol bata, isso quando eu o vejo.
estava eu com o nariz trancado, sentido mal e mal os cheiros. quando me gritam para subir umas coisas pelo elevador. coloco uns paletes, que um dia explicarei como funciona a arte de empilhar um quase até o teto.
a dor em meu nariz estava forte demais, então,subo pra assoar ele. faço isso, e então, começo a sentir um cheiro de coisa queimada. dou umas fungadas, e rola o seguinte diálogo:
-*func*, *funnnnnc* cara, cÊ tá sentindo esse cheiro?
-*olha pro lado* é esses caminhões que chegam de fora, tudo sujo.
- orra meu, achei que estava com câncer, sabe cancer numa parte do cérebro faz vocÊ sentir cheiros estranhos as vezes.
-sério, cara?
-aham, agora, deixa eu mandar o resto.
passa o daia, o almoço, e lá pelas 3 da atarde, esse mesmo cara volta:
- o santhyago, vem cá, tá sentindo esse cheiro
-nem to não cara, você não peidou, não é?
-não, é aquilo que você disse, eu começei a sentir um cheiro de algo queimado.
-ihhhh, desculpa, mas não to sentindo não. cara, toma cuidado....
-e agora?
-ah,sei lá, pede o resto do dia de folga :v
-vou fazer isso, até mais
eu realmente não tinha sentido nada, porque estava com o nariz trancado denovo. depois, senti e descobri que era um bolo que tinha quimado (minuto de silêncio pelo bolo).
eu poderia ter voltado e falado pra ele, mas não, fiquei na minha, sem falar nada. a cada vez que cruzava o caminho com ele, olhava com uma cara triste, trocada por um sorriso perverso logo depois. só sei que ele saiu uma hora antes de todo mundo. e que hoje não veio. se ele sobreviver a isso, talvez eu conte a verdade. TALVEZ (6)

Uns dias, uma história

aqui estou, Santhyago um ser que é extremamente averso a blogueiros, s e tornando o que mais odeia. mas quem liga? estou aqui só pra escrever minhas histórias de meu dia, porque no fim de tudo, eu sempre me squeço delas.
desde já aviso que, se alguém ler isso, eu dou parabéns, porque o fato de ler minhas histórias quer dizer que um dia você ouviu, ouvirá ou viveu elas comigo. então, vamos lá a apresentação dessa bagaça.
dividirei isso em categorias. cada uma delas, realcionada a um tipo de história.
Trabalho: coisas que acontecem no serviço, algo que posso definir com um lugar estranho até pra mim.
Na rua: coisas que vejo por aí e que merecem ser contadas
Aleatório: coisas que quero contar, e não são relacionadas a nada
trechos: pedaços de meu livro, para apreciação de quem quiser ver o que acontece com Résio e a tripulação do navio sem nome
Bom, é isso. Eu sou Santhyago e Não sou um blogueiro Bitolado. É, acho que a frase fica melhor assim.